O sistema de arquivos (FS) Ext2/Ext3/Ext4 é o principal sistema de arquivos para o ambiente Linux, incluindo muitos dispositivos de armazenamento conectado à rede (NAS) baseados em Linux. Para muitas distribuições Linux, este é o sistema de arquivos padrão. Os discos Ext2/3/4FS não podem ser reconhecidos por máquinas Windows ou macOS sem software especial de terceiros. Isso significa que se o disco for usado exclusivamente em uma máquina Linux, é muito provável que o disco esteja formatado como Ext2/3/4FS.

Neste artigo, vamos orientá-lo em um cenário típico de recuperação de dados Ext4FS: mostraremos como usar o R-Studio para recuperar seus arquivos após a reformatação de um disco Ext4FS. A mesma técnica pode ser usada para NAS RAIDs reformatados, desde que você possa montá-los no R-Studio. Consulte a ajuda do R-Studio para obter detalhes: Conjuntos de Volumes e RAIDs.

Antes de Começar
Se você estiver seguindo nosso procedimento com seu próprio cenário de recuperação de dados, é importante certificar-se de que sua situação seja semelhante ao nosso caso de teste. Certifique-se de verificar o seguinte antes de prosseguir:

A unidade que você está tentando recuperar é um disco com uma partição Ext2/3/4FS reformatada.
Este artigo se aplica apenas a dispositivos formatados Ext2/3/4FS . Se você precisar recuperar dados de outros discos, consulte nossos outros artigos:

• De um disco exFAT/FAT (Windows/macOS/Linux): Recuperação de Dados de um Disco exFAT/FAT reformatado
• De um disco NTFS (Windows): R-Studio: Recuperação de Dados de um Disco NTFS reformatado
• De um disco HFS (Mac OS X): Recuperação de Dados de um Disco HFS apagado
• De um disco APFS (macOS): Recuperação de Dados de um Disco APFS apagado

Seu disco está em boas condições físicas
Presumimos que seu disco está em boas condições físicas. Caso contrário, é melhor procurar os serviços de um especialista profissional em recuperação de dados. Além de verificar se os cabos estão firmemente conectados, qualquer esforço de recuperação de dados "faça você mesmo" pode realmente piorar suas chances de recuperar os dados se o disco tiver um mau funcionamento físico sério. Os sinais de que um disco tem uma falha física incluem:

• O sistema não reconhece o dispositivo ou aparece com um nome incomum ou ilegível.
• Um utilitário S.M.A.R.T. (Self-Monitoring, Analysis and Reporting Technology [Tecnologia de Automonitoramento, Análise e Geração de Relatórios]) avisa que ocorreu um evento de falha de hardware grave. R-Studio pode verificar condições S.M.A.R.T. do seu disco, e explicamos como fazer isso abaixo.
• O disco rígido faz ruídos incomuns, cliques ou leva muito tempo para girar e inicializar.
• Blocos defeituosos aparecem continuamente na unidade.

Todos esses casos são melhor tratados por profissionais qualificados de recuperação de dados. Eles têm equipamentos especiais, software e, o mais importante, as habilidades necessárias para trabalhar com essas unidades. Nem o R-Studio nem outro software de recuperação de dados o ajudarão nesses casos. Além disso, qualquer manipulação adicional dessa unidade provavelmente causará mais danos aos seus dados. Muitas vezes, esses danos tornarão os dados completamente irrecuperáveis, mesmo por um profissional de recuperação de dados.

E um último lembrete...
Não escreva nada no disco do qual você vai recuperar os dados! Os novos dados podem substituir seus arquivos antigos e você pode perdê-los para sempre.

Configuração do Disco de Teste: Estrutura Inicial de Pastas e Arquivos na Unidade
Para mostrar o processo de recuperação, preparamos um disco de teste com um conjunto típico de arquivos de usuário que podem estar em um disco Ext4FS distribuído sobre uma determinada estrutura de pastas.

Documentos:

• Arquivos: arquivos .zip criados no WinZip
• PDFs: arquivos .pdf criados no Adobe Acrobat
• Microsoft Office: arquivos .doc e .docx criados no Word; Arquivos .xls e .xlsx criados no Excel
• OpenOffice: arquivos .odt e .docx criados no Writer; Arquivos .ods e .xlsx criados no Calc

Multimídia:

• Música: arquivos .mp3
• Imagens: arquivos .jpg e .png
• Vídeo: arquivos .avi, .flv, .m4v, .mov, .mp4, .mpeg, .mts e .mkv.

A pasta raiz do disco de teste é mostrada na Fig. 1.

Fig.1: Pasta raiz do disco de teste
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Após a configuração dos arquivos, realizamos uma reformatação do disco utilizando a ferramenta Disk no Linux. Ao fazer isso, o disco inicialmente aparecerá completamente em branco.

Processo de recuperação de dados
Preparação Preliminar:

• Antes de começar, prepare um local de armazenamento grande o suficiente para armazenar todos os arquivos recuperados. Pode ser qualquer disco visível pelo sistema operacional, incluindo uma unidade externa ou de rede. Não tente salvar os arquivos no mesmo disco do qual os arquivos estão sendo recuperados.
• Se ainda não o fez, baixe e instale o R-Studio. Neste momento, não é necessário comprar e registrar o programa. O R-Studio em seu modo de demonstração permite realizar todas as operações de recuperação de dados necessárias, exceto salvar os arquivos recuperados. Isso permite que você veja se ele pode recuperar seus arquivos com sucesso e, portanto, se vale a pena comprar. Você não precisará reinstalar ou reiniciar o R-Studio para registrá-lo.
  Observação:Usaremos a versão Linux do R-Studio para mostrar o processo de recuperação de dados, mas estes as instruções são totalmente aplicáveis às versões Windows e Mac do R-Studio. Os painéis e caixas de diálogo terão uma aparência diferente, mas a funcionalidade é a mesma.

1. Ligue o disco ao computador com o R-Studio instalado.

Observação: as verificações de disco e as operações de recuperação de dados podem levar muito tempo para serem processadas, principalmente se a capacidade do disco for muito grande. Por esse motivo, é importante usar a interface mais rápida disponível. As interfaces mais rápidas são SATA/eSATA e USB 3.0. Muitas unidades externas terão uma ou mais dessas interfaces. USB 2.0, embora mais comum, é a interface mais lenta e pode não ser suficiente para discos maiores.

2. Inicie o R-Studio e localize o disco reformatado e o disco onde os arquivos recuperados serão armazenados.

Fig.2: Painel principal do R-Studio com o disco reformatado
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Antes de prosseguir, verifique os atributos S.M.A.R.T. para o disco reformatado:

• Se o status de integridade for CAUTION, pode haver pequenos problemas com o disco, mas deve ser seguro usar o disco para fins de recuperação de dados. Os problemas tendem a piorar, então verifique os parâmetros S.M.A.R.T. periodicamente para garantir que o status de integridade não tenha ido para BAD. A criação de uma imagem do disco é recomendada, mas isso exigirá espaço de armazenamento adicional.
• Se o status de integridade for BAD, as condições do disco são críticas e as chances de falha de hardware são altas. A melhor recomendação para este caso é parar de trabalhar com o disco e levá-lo a especialistas profissionais em recuperação de dados. Você pode continuar trabalhando com o disco por sua conta e risco, mas a imagem de disco é altamente recomendada.

Se os atributos S.M.A.R.T. do disco estão OK, podemos iniciar a recuperação dos dados.

3. Selecione o disco reformatado e clique no botão Scan. A caixa de diálogo Scan será exibida.

Fig.3: Caixa de diálogo de verificação de disco
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Como conhecemos o sistema de arquivos do qual estamos tentando recuperar, podemos melhorar os resultados e o desempenho do R-Studio especificando o sistema de arquivos do disco reformatado. Clique no botão Change... ao lado de File Systems e deixe apenas o sistema de arquivos Ext2/Ext3/Ext4 selecionado. Além disso, é uma boa ideia salvar as informações de varredura do disco caso você precise interromper a recuperação de dados e retomá-la mais tarde. Da próxima vez que abrir o disco no R-Studio, não terá de voltar a analisar o disco; você pode simplesmente recarregar as informações de varredura da sessão anterior.

4. Verifique se a opção Extra Search for Known File Types está selecionada e clique no botão Known File Types....

Fig.4: Caixa de diálogo Known File Types
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Especifique apenas os tipos de arquivo que você acredita residir no disco excluído. A melhor maneira de fazer isso é clicar no botão Clear e selecionar os tipos necessários na lista. Em seguida, clique no botão OK e retorne à caixa de diálogo Scan.

5. Clique no botão Scan. O R-Studio começará a escanear o disco. O progresso da verificação de disco será mostrado.

Fig.5: Verificação de disco em andamento
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6. Inspecione os resultados da verificação e encontre a partição reconhecida que corresponde ao disco excluído.

Fig.6: Resultados da verificação
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No nosso caso, esta é a partição Recognized1.

Se existirem anteriormente outras partições nos discos, o R-Studio poderá encontrá-las. Você terá que determinar qual das partições reconhecidas é aquela que você está procurando. Na maioria dos casos, a partição que você está tentando recuperar terá o mesmo tamanho do disco lógico existente. Consulte a ajuda online do R-Studio para obter mais detalhes: Recuperação de Dados Usando o R-Studio.

7. Clique duas vezes na partição Recognized1. R-Studio irá enumerar os arquivos nela e mostrar a árvore de pastas.

Fig.7: Arquivos e pastas encontrados no disco reformatado
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Quando o Linux reformata um disco Ext4FS, ele apaga completamente todos os vestígios do sistema de arquivos anterior e os arquivos constituintes só podem ser encontrados por suas assinaturas de arquivo. Esse método de recuperação de dados é conhecido como "recuperação de arquivos brutos" ou "pesquisa de tipos de arquivos conhecidos". A estrutura de pastas, nome do arquivo, carimbos de data/hora e outros atributos não podem ser recuperados usando este método.

O R-Studio classifica os arquivos recuperados de uma recuperação de arquivo bruto de acordo com seus tipos e nomes e gera automaticamente um nome de arquivo, como 0265.docx. Em alguns casos, o R-Studio pode tentar recriar nomes de arquivos e registros de data e hora significativos a partir de informações e atributos de arquivo armazenados nas tags ou metadados do arquivo.

Se estiver à procura de um determinado arquivo ou conjunto de arquivos, pode utilizar as capacidades avançadas de localização e marcação do R-Studio. Consulte a ajuda do R-Studio para obter mais detalhes: Pesquisar por um Arquivo.

8. Use o Pré-visualizador integrado para estimar as chances de recuperação de dados bem-sucedida. Isso é particularmente útil com arquivos de imagem grandes. Clique duas vezes em um arquivo para visualizá-lo.

Fig.8: Visualização do arquivo
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Se vários arquivos aparecerem corretamente, você pode comprar uma licença e registrar o R-Studio. Agora você pode começar a salvar os arquivos recuperados.

9. Selecione os arquivos e pastas que deseja recuperar e escolha um local para salvar os arquivos recuperados.

Fig.9. Arquivos marcados para recuperação e opções de recuperação
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Se necessário, especifique outros parâmetros de recuperação. Consulte a ajuda on-line do R-Studio para obter detalhes: Recuperação Básica de Arquivos. Em seguida, clique no botão Recover Marked.

10. O R-Studio começará a recuperar arquivos mostrando seu progresso.

Fig.10: Processo de recuperação de dados
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11. Quando a recuperação terminar, o R-Studio apresentará um relatório final com os resultados da recuperação.

Fig.11: Resultados da recuperação de dados
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Resultados de recuperação de dados
Para visualizar os arquivos recuperados, navegue até a pasta selecionada na etapa 9 do processo de recuperação de dados.

Fig.12: Resultados da recuperação de dados
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Para nosso cenário de teste, conseguimos recuperar todos os arquivos do disco reformatado. Mas as informações sobre a estrutura de pastas original, nomes de arquivos e outros atributos foram perdidas. O R-Studio nomeou alguns arquivos usando as informações das tags e atributos desses arquivos.

Conclusões
Se você tiver um disco Ext2/3/4FS que foi reformatado acidentalmente, tente executar as etapas acima no modo de demonstração do R-Studio. Se você conseguir encontrar e visualizar os arquivos que está procurando, vá em frente e registre o produto para recuperar seus arquivos. A tentativa de recuperação de dados em um disco formatado acidentalmente usando o R-Studio é isenta de riscos, desde que o disco esteja em boas condições físicas e que nenhum dado novo seja gravado no disco. Em muitos casos, você pode recuperar 100% de seus dados, mesmo que algumas informações do arquivo sejam perdidas (como nomes de arquivos e estruturas de pastas). O R-Studio pode até coletar algumas dessas informações de arquivo de metadados e tags.